JUMENTOS PÚBLICOS

O mundo não estava preparado para uma pandemia. Os estados europeus apanharam feio durante 2020, continuam sendo chibatados em 2021, especialmente, Itália (60 milhões hab.) Espanha (47 milhões de hab.) França (67 milhões de hab.) e Alemanha (83 milhões de hab.). Morrem milhares por dia.

Os USA (328 milhões de hab.) não escaparam ilesos, por lá as mortes já alcançaram 550 mil e são mais de 30 milhões infectados. Morrem mais de 2.500 pessoas por dia. Não se tem notícia de outros poderes, a não ser o Segmento da Saúde, cuidando destes Países. O Brasil não pode nem tem condições econômicas e financeiras de adotar as mesmas políticas que lá são praticadas.

Diante de um quadro tão avassalador o que dizer do Brasil, um País, teoricamente, pobre frente a estes gigantes internacionais? Aqui fazemos o impossível, o milagre demora um pouco. Refuto com todas as energias qualquer julgamento negativo dos quadros profissionais brasileiros. São médicos, pesquisadores, enfermeiras, técnicos, pessoal de apoio, administrativo que lutam, tenazmente, para manter a vida como objetivo nos milhares de hospitais brasileiros. Independem de alguma ação governamental.

Eu e minha esposa fomos vítimas da corona vírus, passeis 30 dias dentro de hospitais para levar conforto, carinho e esperança a ela. Eu era assintomático, ainda que persistissem desconfortos estomacais e cansaço. Vi a vida se sobrepor à morte, a esperança enfrentar o desespero. Graças ao Bom Deus, ao final vencemos.

Esta narrativa vem à propósito dos milhares de jumentos públicos espalhados pelo Brasil e que, de uma ora para outra, viraram profissionais da saúde, com conhecimentos até então desconhecidos.

São jumentos e mulas juramentados cujas orelhas dão a dimensão da burrice que ostentam. Na verdade, estes muares escondem comportamento arrogante, presunçoso, estupido, e, sobretudo, eivado de ações nefastas.

Os jumentos são muitos, é preciso um exercício de classificação para entende-los. Como fazem os Governos podemos dar o nome e atribuir uma cor para informar da sua periculosidade.

Há jumentos que são “hors concours” pela importância que ocupam no organograma do Poder. Estes são representados pelos Ministros do STF, levam a cor preta que no RS, pelo menos, é o estágio último da doença. Os jumentos do STF se atribuíram poderes que não tem, mas foi com esta anomalia jurídica que retiraram os poderes do Presidente repassando as responsabilidades aos Governadores e Prefeitos. Estava, como se viu, instalada a balburdia administrativa. Agora dizem que não, mas caso Bolsonaro desrespeite a decisão poderá sofrer impeachment.

Na linha sucessória, logo abaixo, opera um “combo jurídico” cujos personagens estão espalhados por todo o Brasil. Agem com muita desenvoltura, pensam que são os “chefetes” locais, buscam a toda hora os 5 minutos de fama. O Combo vinha operado da forma tradicional, Ministério Público, às vezes a intercorrência da PF ou Civil, Juízes de primeira Instância. Recentemente foi inserida a Defensoria Pública Federal, cujos atributos médicos ninguém conhecia, tão pouco que sua missão era salvar vidas dentro dos hospitais.

Menção honrosa deve ser destacada a Justiça Federal de Primeiro Grau da 1ª Região, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª e seus respectivos Tribunais. São incansáveis em construir dificuldades, Brasil afora.

Os muares operam também em outras áreas – quem poderia imaginar que o Tribunal de Contas da União pudesse dar seus “conselhos médicos” nestas atividades tão especiais – mas foi o que fez. Como o TCU está ligado ao Congresso Nacional é possível que tenham o desejo de atingir o Presidente por caminhos transversos. Mais recentemente, a OAB resolveu atacar o Governo e agora sabemos que os economistas do Brasil também andam preocupados com a peste chinesa.

Uma variante dos jumentos já devidamente testada, recepciona os 27 Governadores e os 5.570 prefeitos, com a inclusão de um certo CONASS além de instituições como a Frente de Prefeitos, FECAN, entre outras, todas recepcionando medidas estupidas e desnecessárias, como a compra de vacinas.

A categoria recepciona muares oportunistas, como o governador da Bahia, salvadores da pátria como o “maníaco” do Morumbi, “tranca ruas” como o Governador do DF. Estão há 14 meses operando, ora com lockdown, ora com distanciamentos sociais, fecham, abrem, comércios, acham praia e passeios ao ar livre lugares perigosos, ainda que os ônibus, trens e barcas lotados, não recepcionem nenhuma ameaça. Na opinião destes maganos o vírus tem hora para agir e depois descansar. A cereja do bolo veio em 19 de março quando o maior de todos os ladrões brasileiros, Lula, se apresentou a Biden propondo uma reunião do G-20 para resolver o problema do Brasil.

Os autores das ações que paralisaram a economia e está quebrando o Brasil se louvam “na ciência”, mas não apresentam um mísero estudo estatístico de que estas iniquidades dão resultado. São quase 400 dias e a peste só se ampliou. Portanto é legítimo que muitos brasileiros desconfiem destas ações que nada resolvem.

Neste mar de iniquidades, eis que surge um gestor iluminado, Clésio Salvaro, prefeito de Criciúma, um jovem empresário, bom gestor e que atendeu aos reclames do MPSC e de outros operadores do Direito, que desejavam o Lockdown. Foi prático, concordou com as pressões e decretou o “lockdown facultativo”, o funcionário poderá optar por ficar em casa, mas terá seu dia descontado do salário do mês. Ninguém mais falou em paralisar atividades no âmbito municipal.

Eis a medida que o mundo privado espera, o “lockdown facultativo” em todos os setores públicos, especialmente em amplas camadas dos operadores do direito, do poder legislativo e extratos do poder executivo. Quem não quiser trabalhar que fique em casa, mas terá seu dia descontado. O Brasil daria um salto de qualidade e afastaria de vez a crise que se abate sobre o Brasil.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI – PRESIDENTE DO MLDV

NOTA 1: O BLOG  recepciona o modelo de Distanciamento Social Vertical, quando o Governo determina que os grupos de risco sejam protegidos. Para tanto, caso os hospitais não deem conta que se construa Hospitais de campanha, que se alugue leitos privados, que se transformem hotéis e pousadas em áreas de proteção contra o vírus. Ao contrário deste modelo há o Distanciamento Social Horizontal que foi adotado. Este não funcionou como se esperava.

NOTA 2 – O BLOG guarda convicção que o Brasil será um campeão de vacinação pela simples e boa razão da competência de nosso parque industrial. Nós podemos fabricar vacinas, podemos fabricar o IFA. Poucos países tem estas condições.

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