MILIONÁRIOS DE FLORIPA – CONSTRUINDO RIQUEZAS

Muitas pessoas estão em busca da riqueza, de alguns caraminguás a mais, jogam na loteria da Caixa, na Quina, na Loto, na Megasena, no Jogo do Bicho, nas mesas de jogos. Não se dão conta de que a riqueza está dentro de suas casas, no terreno do pai ou do avô, em qualquer imóvel da família.

Mas para muitas famílias de Floripa a sorte grande já está lançada a pelo menos 50 anos. Tudo começou nos idos de 1970 quando se instalou o desenvolvimento de Floripa. Apareceram as primeiras construtoras, os primeiros prédios habitacionais, depois vieram os comerciais, de serviços e finalmente, os grandes Shoppings e centros comerciais.

Na medida que a cidade ia crescendo os imóveis também foram se valorizando, especialmente, aqueles localizados em áreas “chaves” da cidade. A Beira Mar e adjacências foram as primeiras a serem valorizadas. Em 1983 era fácil comprar terrenos por 40, 50, 60 mil dólares na Beira Mar. Na medida que foram escasseando os preços foram subindo, hoje os raros terrenos disponíveis valem mais do que ouro.

Quem se beneficiou destas valorizações? Como sempre, foi a classe mais abastadas, os proprietários desses espaços. E qual a razão desta concentração de renda?

Vamos dar um corte no tempo e ficar com a lei 01/97 a primeira lei denominada de Plano Diretor, mas que tratava de uso e ocupação do solo.  Esta lei obedecia aos princípios da Carta de Atenas, um documento construído em 1933 num congresso de Arquitetos, sob comando de Le Corbusier. Segundo este documento a cidade deveria operar de forma fatiada no modelo “FUNCIONAL” cada segmento com seu espaço específico. Assim o comércio e serviços, escolas, saúde, segurança, fábricas, deveriam estar segregados, para melhor conforto da população. Imediatamente, mundo afora, houve sofisticação do modelo e dentro do próprio segmento, novos fatiamentos. Quem não se recorda das Áreas Residenciais (AR), Áreas Mistas (AM), Áreas Turísticas (AT), Áreas Verdes (AV), Áreas Comunitárias Institucionais (ACI), Áreas para Parques Tecnológicos (APT). Depois dentro de cada espaço novos fatiamentos. As áreas mistas poderiam ser, AMCentrais, AMServiços, ASExclusivo e assim por diante. Tudo inútil, não havia nenhuma razão de ordem urbana para estas divisões a não ser satisfazer o delírio dos seus autores.

Esta lei vigeu até 2014 quando surgiu então a lei 482/14, um mostrengo pior do que a lei anterior, absolutamente, hostil aos empreendedores e, sobretudo, aos donos de imóveis espalhados pelo município, especialmente, os insulares. A lei foi cruel de duas formas – a primeira impedindo a verticalidade dos edifícios nos distritos da Ilha e a segunda, ao repetir os infames fatiamentos, agora ainda mais sofisticados. Vale dizer que atualmente, os modernos arquitetos pregam justamente outro modelo urbano – o FRACIONADO, onde tudo se mistura, a moradia, a escola, lazer e o trabalho. Nada de fatiamentos desnecessários e que só atrapalham o desenvolvimento urbano e econômico da cidade.

Com estas restrições os terrenos da maioria de nossos pescadores que poderiam valer um bom dinheiro, acabam valendo um décimo ou menos de suas possibilidades. E porque isso? Porque os terrenos obedecem a lei econômica e segundo esta lei, vale o que é possível construir em m2. Assim, um terreno de 2000m2 pode valer 1,2 milhão se nele for construído uma unidade com 3.000m2, ou 12 milhões se puder construir 10 vezes mais, verticalizando. As forças do atraso (grupo de políticos alojados no socialismo) não têm esta concepção e sob o argumento de defender o meio ambiente, a população pobre, impõe, justamente, o contrário do que desejam.

Foi assim durante a construção do PD. Agora a cidade tem uma chance de debater estas questões com a proposta de atualização oferecida pelo executivo. A Câmara de Vereadores tem em suas mãos a capacidade de deixar milhares de famílias, milionárias do dia para noite. É só exercer a função com racionalidade e pensando nos moradores.

ADM. Dilvo Vicente Tirloni – Presidente

NOTA: quanto iriam valer os terrenos dos distritos de Ingleses, Canasvieiras, sul da Ilha, leste da Ilha e assim por diante, COM A VERTICALIZAÇÃO. Pense nisso, valorize os proprietários do interior, os pescadores, as famílias centenárias. A renda gerada vai abrir novas oportunidades, novos negócios, empregos.

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