MISCIGENAÇÃO OU MESTIÇAGEM

O IBGE acaba de derrubar um dos pilares dos socialistas tupiniquins de que impera no Brasil um “Racismo Estrutural” doutrina segundo a qual as classes brancas dominantes inseriram em cada estrato da sociedade mecanismos para impedir o progresso econômico e social da etnia negra. Assim à etnia negra estariam reservados empregos subalternos e a etnia branca as melhores posições na sociedade.

Esta empulhação se acentuou nestes últimos anos. Vale lembrar que nós brasileiros vimos praticando a miscigenação há muitos anos. Machado de Assis (1839/1908) foi fundador e primeiro presidente da ABL, era negro, neto de pessoas escravizadas. Nilo Peçanha, abolicionista, republicano, democrata e liberal, era negro governou o Brasil por 1 ano e 154 dias entre 1909 e 1910. Pelé (1940/2022) foi o rei do futebol reverenciado no mundo. Gilberto Gil (1942), 82 anos, é um dos maiores cantores brasileiros, faz sucesso a pelo menos 60 anos. Aqui em Floripa tivemos Antonieta de Barros (1901/1952), negra, jornalista, professora e uma das primeiras mulheres eleitas no Brasil a assumir um mandato popular. Recentemente, Joaquim Barbosa, negro, foi presidente do STF, atualmente, a etnia conta com vários senadores e deputados federais no Congresso Nacional e centenas espalhados pelas Câmaras de Vereadores e Assembleias Legislativas.

O INEP informa que os brancos são minoria nas universidades brasileiras, apenas 42,45%, os demais 57,55% pertencem a outras etnias com destaque para os pardos e negros que juntos somam 37,61%. Dos 8,6 milhões de inscritos, 3,2 milhões são pardos ou negros.

Segundo o IBGE, pardos são maioria da população brasileira pela primeira vez (45,3%). No Censo de 2022, mais de 113,07 milhões de brasileiras e brasileiros se declararam negros ou pardos, o equivalente a 55,7% da população do Brasil, estimada em 203 milhões de pessoas.

Estudei antropologia e entre seus conteúdos programáticos se estudava a morfologia do crânio e os fenótipos das diferentes etnias espalhadas pelo mundo. Havia diferenças, nada que levasse a uma predisposição de encontrar na raça humana etnias mais ou menos desenvolvidas.  Aprendi cedo, nos bancos acadêmicos que o Brasil era um dos países mais tolerantes com a miscigenação e de fato, as previsões do saudoso professor Osvaldo Rodrigues Cabral, se confirmaram. “O Brasil será o País da mestiçagem”.

Há muito projeto mal concebido no País e um deles é o das quotas raciais. Sob o argumento de que a etnia negra é discriminada se construiu a lei de Cotas (Lei 12.711, de 2012) que reserva no mínimo 50% das vagas em universidades e institutos federais para estudantes que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas. (pretos, pardos, indígenas, quilombolas e PcD). Ora essas vagas teriam que ser concebidas do ponto de vista “social” não pela cor da pele. É uma agressão as demais etnias.

Presumo que o Congresso Nacional esteja atento as pesquisas do IBGE e do INEP e corrija as distorções existentes. A tão apregoada desigualdade da sociedade brasileira fundada na  disparidade das oportunidades, acesso a recursos, poder e trabalho não são  fruto da discriminação racial, são na verdade “discriminação social”. Dar educação de qualidade para todos deveria ser a convergência de todas as etnias. Enquanto houver vitimização pela cor, não avançamos num país mais justo e próspero.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE

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