NÃO PISE EM MIM

Dias desses deixei meu confinamento em Cachoeira e fui ao Centro. Pelo caminho liguei a Rádio CBN, programa do Renato Igor e ele entrevistava um professor da UFSC sobre o “ódio” instalado nas Redes Sociais quando o assunto é política. Concluiu o professor que nunca se viu tanta ira, repulsa, tantas fakenews virulentas nas Redes cada qual defendendo os seus argumentos.

Há a meu juízo um exagero nestas questões. A vida acadêmica (sou formado em História) me ensinou que em política os ânimos sempre foram exacerbados. Há vários momentos da história brasileira em que alguns pagaram com a própria vida. Basta acessar o Google para saber dos assassinatos de políticos nestes últimos 30 anos. Antes disso desde o Império sempre ocorreram mortes violentas por causa da política como João Pessoa assassinado em Recife, em 1930. A nível mundial a primeira e a segunda guerra foram por motivos políticos. Lembro-me de um caso caseiro, meu pai, agredindo um amigo com uma pá, por discordarem entre a UDN e PSD.

As Redes Sociais a meu juízo, ao contrário do que muitos acreditam veio “apaziguar” os mais extremados que conseguiram extravasar a sua aversão pela palavra, muito melhor do que por agressões físicas. A Rede deu voz a milhões de pessoas. Há igualmente adensamento da maturidade política, jovens estão saindo da sua letargia política, da sua alienação social passando a debater, a seu modo e conhecimento, o Brasil atual.

Há outra componente em jogo – nos últimos 30 anos o Brasil só conheceu um lado do mundo político o “socialismo Fabiano” ou se quiserem o socialismo light, aquele que prega a implantação da doutrina não pela força das armas, mas sim “comendo o mingau pela beirada”. No poder busca-se a melhor forma de implantação do “novo regime socialista” uma praga que algumas nações ainda vivem pelo mundo. 

Com o advento de Bolsonaro nova doutrina entrou no campo político, o liberalismo. Embora muitos não saibam e outros não reconheçam, o mérito do Presidente reside precisamente no fato de ter quebrado a hegemonia socialista e assumido a magnifica doutrina liberal. Pode não ser o “presidente ideal”, mas foi o “casca grossa” capaz de trazer esperança ao Brasil.

Muitos jovens redescobriram os extraordinários iluministas um punhado de filósofos excepcionais que criaram as bases em que se fundamenta o liberalismo, sempre lembrando que o verbete nasce do latim libre/livre. Os pilares da doutrina foram concebidos e sempre serão professados por serem valores universais, justamente a antítese, do movimento socialista

Vale ressaltar que os fundamentos, as diretrizes do liberalismo, se originam na opressão sofrida pelos povos da era moderna (1500/1800) quando reinava o absolutismo monárquico. A opressão desde sempre condenável se consubstanciava em 5 vetores odiados pelo povo:

  1. O rei podia dispor da vida de seus súditos opositores, mandar prender mediante uma ordem real, decapita-los ou então desterrá-los em terras longínquas. Esta a razão principal para o primeiro pilar – a defesa da vida.
  2. Não havia o respeito aos Direitos individuais e coletivos, o direito à religião, o ir e vir, de se expressar, de pensar, de escolher o governante. Estes direitos abraçados pelos iluministas dão origem em outubro de 1789 da primeira Declaração dos Direitos do Homem.
  3. A propriedade ainda que explorada pelos súditos era do rei. Estima-se que na França o rei chegava a confiscar 80% da produção rural, portanto, um “socialismo de Estado” mesmo antes de se conhecer Marx. Tem origem neste pilar a defesa da propriedade privada, o principal argumento que distingue um regime do outro.
  4. As cidades que começavam a nascer e expandir recheadas de novas profissões, de artesãos, o renascimento do comércio “urbano” sofria a intervenção do reino, fiscais reais confiscavam os bens e serviços do seu interesse. A origem do mercado livre reside na resistência a esta intervenção absurda e desumana, surrupiar o suor do trabalho.
  5. Finalmente, todas estas conquistas seriam inimagináveis com o Governo Absolutista Real, era preciso uma nova forma, nascendo então a República, regime que tem no voto a sua expressão maior. A Democracia (demos/povo, cracia/governo) foi uma conquista dos revolucionários franceses, sem Montesquieu, o mundo seria outro.

Em resumo o liberalismo é a favor da vida, dos direitos individuais, da propriedade privada, do mercado livre, da democracia. São valores universais, ontem, hoje e sempre. Os socialistas mundo a fora se apropriaram destes valores orientados pelo maior fraudador da história – Marx e seus fundamentos comunistas. Onde a doutrina foi adotada o foi à custa de muito sangue e ranger de dentes. Estima-se que mais de 100 milhões tenham dado suas vidas na defesa dos princípios liberais.  

As Redes Sociais, com conhecimento consciente ou inconsciente, passaram a debater estes temas e para os liberais não dá para transigir, são valores eternos. Qualquer militante socialista é atacado não por ser contra o Bolsonaro e sim ser contra os valores revolucionários do liberalismo. Há no Brasil 12 partidos que defendem o socialismo desde os radicais de raiz (marxistas que pregam a derrubado do Governo pela força) até os chamados “socialistas de gravata” os fabianistas. Há um liame que os une, chegar ao poder e implantar uma nova “nomenclatura” ao molde chinês.

É o sonho de qualquer marxista de botequim.

DILVO VICENTE TIRLONI

PRESIDENTE DO MDV

A Bandeira de Gadsden é uma bandeira histórica dos Estados Unidos, de fundo amarelo com uma cascavel contraída e pronta para atacar. Sob a serpente lê-se “DONT TREAD ON ME”. A bandeira leva o nome do seu criador, o general e político americano Christopher Gadsden, que a projetou em 1775 durante a Revolução Americana

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