PERFIL CANDIDATOS 2024

O CONFRONTO ENTRE LIBERAIS E SOCIALISTAS

A disputa eleitoral para a prefeitura de Florianópolis apresenta um cenário polarizado, marcado pela oposição entre liberalismo e socialismo, refletindo tendências políticas mais amplas. Os candidatos destacados para a eleição municipal trazem consigo históricos distintos, alinhamentos ideológicos variados e, em alguns casos, experiências administrativas previamente testadas. Guardo uma certeza, há poucas convicções doutrinárias junto dos liberais e ao contrário, crenças socialistas inabaláveis junto dos candidatos socialistas.

Topázio Neto, atual prefeito de Florianópolis, surge como uma figura quase imbatível nas pesquisas, fruto de uma gestão bem avaliada e de iniciativas de grande impacto social, como a transformação do antigo aeroporto em um hospital, a nova ponte da Lagoa, as pontuais intervenções nos “binários”, as limpezas dos canais de drenagem (180 km) e a licitação independente dos serviços de água e esgoto para o Sul da Ilha “and last but not least” a sua presença nas Redes Sociais conquistando os jovens, com vídeos claros e oportunos. É conhecido como o Prefeito TikTok. Sua formação em Administração e sucesso empresarial complementam um perfil que parece alinhar-se bem com as preferências liberais historicamente manifestadas pelos eleitores de Florianópolis.

Dário Berger, por outro lado, apresenta um histórico político diversificado, tendo sido prefeito tanto de São José quanto de Florianópolis, além de senador. A mudança para um partido de orientação socialista (PSB), no entanto, parece ter afetado sua popularidade entre os eleitores liberais, desafiando sua habilidade de se reposicionar no espectro político da cidade.

Pedro Silvestre, conhecido como Pedrão, embora mais jovem e com menos experiência administrativa direta na cidade, carrega o legado e as conexões políticas da família Amin, uma influência significativa na política local. Sua plataforma e planos para a cidade, no entanto, permanecem menos definidos, representando um elemento de incerteza em sua candidatura.

No campo do socialismo, Marcos José Abreu, ou Marquito, e Vanderlei “Lela” Faria representam alternativas para um segmento do eleitorado que busca mudanças na gestão municipal, cujos projetos já foram testados com Sérgio Grande com impactos negativos. Marquito, com sua formação em engenharia agrônoma e filiação ao PSOL, propõe uma ruptura clara com o modelo atual, baseando-se em princípios marxistas. Lela, por sua vez, traz experiência como vereador e secretário de Cultura, representando a Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB, P.VERDE) e tenta articular uma visão de gestão pública que combine elementos de diferentes correntes do socialismo brasileiro.

A escolha do próximo prefeito de Florianópolis, portanto, representará não apenas uma decisão sobre quem irá administrar a cidade pelos próximos anos, com gestão moderna, menos Estado e mais cidadãos, mas também um veredito sobre a direção política que os moradores desejam seguir, num momento de clara divisão ideológica.

De certa forma será, igualmente, um julgamento sobre a atual gestão.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE

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