PICANHA CARA

Todo empresário lida com três conceitos importantes são eles:  ‘o custo’, ‘o preço’ e ‘o valor’.

O custo depende dos fatores de produção, Mão de obra, Matérias Primas, Materiais Indiretos, Depreciação dos Equipamentos, que formam a base inicial do “custo do produto”, depois adiciona-se os custos administrativos e financeiros, e obtêm-se “o custo semifinal” para a venda. Sobre este custo semifinal, são incluídos ainda, os custos de venda e os lucros da Empresa.

Neste ponto temos o “Preço do Produto” como se vê uma mistura das despesas totais mais lucros embutidos. Já valor é uma qualidade intrínseca dos produtos que extrapolam o seu preço – damos valor àquilo que nos interessa. Por exemplo uma bola de futebol tem preço de R$100,00 mas o “valor” para a o time de várzea, é muito maior.

As empresas que chegam neste patamar desembolsam muito dinheiro quer sob a forma de investimentos quer sob a forma de despesas operacionais, mas em qualquer segmento, brotam a geração de renda, oportunidades e sobretudo, empregos. E os empregos geram salários, nem sempre compatíveis com o desejo do trabalhador, posto que o cipoal tributário brasileiro, “come” boa parte do que seria destinado aos colaboradores.

E com esse pequeno salário, não tem oportunidade de entender como ele mesmo dá “valor” aquilo que compra, sendo assim facilmente manipulado pelo sindicato, que o faz crer que um aumento salarial que cubra a inflação seja suficiente para sanar a escassez em sua mesa.

O custo leva o empresário à competição que é a “rainha” da prova de que a Empresa está produzindo bens ou serviços com qualidade, que atende aos segmentos de consumo. Vender com prejuízo deixa a Empresa receptiva às forças competitivas e, permanecendo nesta situação, a levará à falência – menos impostos, menos empregos, renda e sobretudo, o desaparecimento de forma permanente de um “Investimento”. Isto é ruim para o País.

Vários modelos de negócio querem fazer o empreendimento dar certo, mas sabemos que isso só pode ocorrer quando há valorização do bem oferecido por quem o consome, que atendam aos interesses do consumidor. Devemos sempre surpreendê-los, dizem os marqueteiros.

O empregador via de regra tem pouco tempo (a não ser pela propaganda) de tentar explicar ao trabalhador as dificuldades salariais, o pagamento do transporte, já o sindicato tem tempo de sobra para mostrar como o empregado é explorado, distorcendo toda uma cadeia de valores. É o que Marx chama de “opressor e oprimido” uma farsa que existe há quase 200 anos.

A quem isso favorece? Pense um pouco.

Vamos introduzir aqui o conceito de Liberdades Econômicas, Liberdades Políticas e Liberdades Sociais. É a Doutrina Liberal sendo exibida. Ninguém trabalha pensando nestes valores, mas estão atrás de todas as ações dos Sindicatos e de certa maneira das Empresas.

Quando falamos de Liberdade Econômicas, os sindicatos ficam eriçados, falam que mais liberdade é mais “lucro para o Empregador” e mais sofrimento para o trabalhador. É uma fakenews.  Estabelecido o embate, a sociedade começa a perder, porque não é bem assim que as coisas funcionam, como já examinado.

O custo ideológico de valorização da incompetência pelo sindicato é pago a um preço muito alto por quem quer o melhor para o futuro de um país.

Quem produz sabe que a redução de custo é sempre necessidade, aliada à valorização daquilo que é entregue, para que não haja reclamação de preço.

Vou exemplificar com um produto palpável, comer picanha todo dia é um desejo nacional, pois é uma carne valorizada. Por esse motivo o seu preço é elevado, mesmo o custo de produção sendo o mesmo de um pedaço de acém.

O preço da picanha não compõe nenhum índice inflacionário, então se o seu salário acompanhou a inflação, é possível que sobre menos para a picanha do que no ano passado, e o comentário aumenta apenas a quantidade de exclamações: como a picanha está cara!!!

Como auxiliar então a todos comerem picanha? Não é isso que importa, pois não são todos que querem picanha, e se todos tiverem picanha ela perde seu valor, encarecendo então outra parte do mesmo boi.

Hoje pode-se dizer que muitas partes de um mesmo boi estão muito caras na prateleira, fazendo com que percam seu valor efetivo.  É a tal da Oferta e Procura. Todos os gêneros, etnias, gordos, magros, homens e mulheres, querem o seu pedaço de “picanha”. As limitações são impostas pela Renda e de certa maneira pelas leis do mercado, já que o exterior quer mais carnes.

O ideal é que estes produtos de primeira necessidade estivessem na mesa de todos, inclusive dos trabalhadores brasileiros. Infelizmente, as restrições impostas pelo Sistema Econômico, no atual estágio da economia brasileira não nos permite.

DAN CANHADAS – MEMBRO CONSELHEIRO DO MLDV

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