RESGATE DA DIGNIDADE INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA

O fenômeno dos moradores em situação de rua é uma realidade social trágica que assola diversas cidades, incluindo Floripa. Esses indivíduos enfrentam condições precárias, passando suas noites em locais como ruas, praças, embaixo de viadutos e pontes. A falta de higiene e o consumo excessivo de drogas são aspectos preocupantes dessa problemática.

O vereador Diácomo Ricardo do PSD, com sua vasta experiência em projetos sociais ao longo de duas décadas, decidiu agir diante do sofrimento dessas pessoas. Observando a carência de assistência e o número crescente de enfermidades e mortes entre os moradores de rua, ele propôs ao prefeito Topázio um projeto que foi prontamente acolhido pela Prefeitura Municipal de Floripa (PMF).

O cerne do projeto consiste na internação involuntária, visando uma abordagem humanizada e, quando possível, com o suporte da família. O projeto apresenta, igualmente,  uma solução para ausência familiar, possibilitando a atuação de ONGs e Comunidades Terapêuticas conveniadas, especialmente quando os moradores em situação de rua são oriundos de outras localidades.

 A ausência de uma legislação que respaldasse a remoção desses indivíduos em condição involuntária tornava urgente a implementação de medidas eficazes. O vereador  citado, comprometido com a causa, realizou visitas a diversas regiões, incluindo a Cracolândia em São Paulo, além de cidades como Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e locais no próprio estado, como Joinville e Chapecó. Em 14 de fevereiro de 2023, a Câmara Municipal, com a presença de 22 vereadores, votou em primeira instância o Projeto de Internação Involuntária. Surpreendentemente, houve resistência, com três vereadores do PSOL e um do PT votando contra. Uma abstenção (PL) e uma ausência (PODEMOS) também marcaram a votação.

Felizmente, em 19 de fevereiro, a Câmara de Vereadores ratificou, em segunda votação, o projeto. Agora, a responsabilidade recai sobre a Prefeitura Municipal de Floripa para sua implementação integral na cidade. Nesse momento crucial, a esperança é que intervenções judiciais não prejudiquem o processo de recuperação das pessoas afetadas, proporcionando a reintegração delas ao seio familiar, de onde nunca deveriam ter sido afastadas. Que este passo legislativo seja um marco positivo para a transformação da realidade dos moradores em situação de rua, promovendo um ambiente mais acolhedor e solidário em Floripa.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE

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