RESTAURAR OS “POETAS” DO STF

Meus amigos e amigas, fui professor durante toda a minha vida, do primário ao superior, passando por palestras. Tive o privilégio de boa formação, mesmo na década de 60 quando os métodos de ensino, PÚBLICOS, não eram tão avançados, mas, extremamente, disciplinados. Mais tarde tomei conhecimento que a Educação é uma ciência, obedece a métodos cuja ordem e disciplina devem ser mantidos a qualquer custo.

O Brasil tem, infelizmente, tratado a Educação como eventos amadores, em grande parte do País. Optamos pelo método Paulo Freire um modelo nunca provado, que se louva no “meio ambiente em que a criança vive”, extrai daí os exemplos para sua aprendizagem. Implantamos o modelo como muita euforia por segmentos do socialismo tupiniquim e o que se viu depois de 50 anos, é que nossos jovens não conhecem o português e muito menos a matemática.

Enquanto isso, Colégios como o Catarinense, CENJE, Bom Pastor, adotam o método Montessori (Maria Montessori,1870-1952, foi uma psiquiatra italiana e uma das primeiras mulheres a se formarem em Medicina na Itália) de resultados surpreendentes. A classe média cada dia com mais conhecimento e os alunos de escolas públicas, das periferias, cada vez mais depressa caminhando para o abismo.

Esta narrativa vem a propósito do que se passa nos escalões superiores da população. Tomemos o STF como referência. Por lá deveriam desenvolver um modelo de português dominado pela maioria do povo brasileiro, todavia, os resultados são catastróficos. Uma modesta “Introdução” se transforma em “Exordial Acusatória”, dizer que o STF existe para guardar a CF dos ataques criminosos de que é vítima “é garantismo”, o STF é o guardião das leis e da CF. Tudo lorota, hoje, os 11 “corvos” ou “abutres” são todos escravos de suas próprias idiossincrasias políticas, não têm rumo, filigranas jurídicas são mais importantes do que o processo crime.

Vou lhes mostrar um trecho da CF, em português castiço, Bandeira ou Drumond, não fariam melhor. É a parte que trata sobre o “ Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Basta ir no dicionário e verificar o que estas palavras significam. A palavra legalidade está associada a uma lei, a impessoalidade, não diz respeito a alguém em específico, moralidade, relacionada a virtude, ao cumprimento da lei, os bons costumes, a honestidade; publicidade, tratando-se da coisa pública todos, em tese deveriam saber como se dão os contratos; e, finalmente, eficiência algo que deve perseverar a gestão pública para benefícios de todos. Este é o português que está escrito e que a população exige.

Vamos aprofundar um pouco mais o dispositivo Constitucional –  XI – a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos. Há um português mais claro do que Este? Vamos buscar quem para clarear estas regras? Drumond, Mario Quintana, Fernando Pessoa, Vinicius, Bandeira, Cecilia Meireles, Clarisse Lispector?
Quem poderia dizer ao STF que o que se lê na CF é o que o Congresso Nacional quis expressar?

Enquanto o STF tergiversar sobre estas e outras coisas cabeludas como a Lava Jato, os “corvos” só nos levam ao abismo, à revolta, à indignação. Em alguns casos, os Ministros “Milk-shakes” abusam de nossa paciência e alardeiam que é preciso conter “a Extrema Direita”. Ainda bem que ela existe para combater, justamente, o outro lado, os radicais socialistas, sempre prontos para atacar o pedestal da democracia. Não merecem o salário que ganham.

ADM. Dilvo Vicente Tirloni – Presidente do MLDV

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