ROMA TROPICAL

Passou por Floripa um dos influencers importantes de São Paulo, jornalista e escritor Raul Juste Lores, responsável pelo site “São Paulo nas Alturas” com foco nas qualidades e deficiências dos diferentes bairros de São Paulo. Conhecia Floripa desde 1998, reconheceu os avanços da cidade desde então, mas estranhou que os investidores da Gastronomia não tivessem descoberto, ainda, a localização de Restaurantes nos altos dos Edifícios para enxergar a beleza de nossas duas baias, a norte e a sul. “Vocês têm o mar na cara e quase sem restaurantes nas coberturas”

Avaliou que Floripa ao contrário de muitas capitais, tem um Centro Histórico seguro, mas, infelizmente, pouco utilizado na criação de equipamentos turísticos como restaurantes, museus, casas de Shows, lojas de grife e a própria habitação, como nas grandes capitais europeias, citando Portugal, que saiu de 4 milhões de turistas para 19 milhões.

A atração por investimentos depende, fundamentalmente, de “curiosidades” que atraia o público, onde tem gente, tem comércio e gastronomia. Estive, recentemente, em Roma, lá, cada m2 tem atração, as ruas estreitas da idade média, permanecem intatas, além de monumentos romanos por onde se ande (Vaticano, Coliseu, Forum, Panteão, etc.), os próprios prédios (todos com 04 andares, incluindo o térreo) das moradias são em si, atrações históricas. Neste caso é fácil atrair quase 10 milhões de turistas, por ano.

E Floripa, como atrair multidões que alimentem o campo das 80 áreas de interesse turístico, dos transfer aos hotéis, dos restaurantes aos museus?

Excetuando nossas belezas naturais o que temos para exibir como atrações?

É preciso que nossa cidade “ocupe o mar” que transformemos nosso principal ativo, em algo grandioso e exploratório. E há boas razões para isso, Floripa tem uma oportunidade única de se transformar na melhor captadora de investimentos do País.

Muitos não se dão conta, mas Floripa é uma cidade “sem teto” é a única capital do País que não tem sede própria. É uma oportunidade rara de transformar esta deficiência em um grande projeto arrebatador de investimentos e de imensas atrações turísticas. Basta juntar num mesmo projeto urbanístico, a recuperação do paisagismo de Burle Max, o futuro Palácio da Cidade, a implantação do transporte marítimo e o Terminal de Transporte Urbanos, tudo de forma integrada, num imenso Centro de Negócios, Museus e Serviços Públicos.

Entram nestas sugestões o SISTELI – sistema integrado de teleféricos um vibrante projeto que está engavetado na mesa de alguma autoridade. Este projeto contempla 03 estações uma delas na Baia Sul, outra no morro da Cruz e a terceira na UFSC. Em cada Estação, um centro gastronômico e comercial.

Estima-se que passarão por dia em torno de 500 mil pessoas o que provoca enorme interesse comercial e desta forma, os arquitetos saberão como criar o Centro Comercial com todos os serviços necessários, da culinária aos serviços públicos, operando, em tese, 24 horas por dia.

Os investimentos serão suportados pela iniciativa privada através do uso dos espaços comerciais por 30 anos ou mais. Ao final e cabo a cidade ganha o seu Palácio “de graça”, a cidade cria uma nova dinâmica urbanística resgatando o turismo profissional de qualidade. Podemos ser a “Roma Tropical”.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE

Nota: Panteão Romano é um edifício em Roma, Itália, encomendado por Marco Agripa e  construído durante o reinado do imperador Augusto e reconstruído por Adriano por volta de 126. Panteão significa agrupamento de deuses, casa dos Deuses. Um palácio administrativo poderia ser considerado um “panteão das Secretarias”.

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