UFSC IMAGEM EM RUINAS

A UFSC, foi concebida na década de 1960, ainda durante o Governo Juscelino Kubitschek, no início com 07 faculdades localizadas em lugares diferentes na capital. Posteriormente, sob o comando de Henrique da Silva Fontes e David Ferreira Lima, idealizaram o projeto “Cidade Universitária”, providenciaram em acordo com o Governo Estadual, a doação da fazenda Brasil, localizada na Trindade, onde se expandiu e permanece até hoje.

Transitam por lá nada menos do que 50 mil pessoas por dia, são mais de 5.600 servidores e 30 mil alunos matriculados. Todos estacionam, estudam e comem “de graça”, embora haja um preço simbólico. Tem área superior a 1 milhão de m2, tem orçamento robusto, em 2022, serão R$ 1,479 bilhão, algo como 123 milhões/mês. Seu raio de ação, chega a outros 05 campi, Araranguá, Blumenau, Curitibanos, Florianópolis e Joinville.

Após 60 anos de serviços prestado ao ensino, nos últimos 15 anos, fruto de uma intensa “ideologização socialista” a UFSC perdeu o brilho, hoje um monstrengo opaco, embaciado, revelando que a gestão “participativa” via Conselho Universitário tem contribuído para manchar a sua imagem de vanguarda e inovação. Hoje, aos olhos da comunidade, não passa de um elefante branco em estado de decadência.

Os espaços acadêmicos e externos à UFSC deveriam contar com a “ordem e a disciplina” o que se vê são sinais crescentes de abandono. Há espaços pichados, banheiros malcheirosos, e o campus mostra-se, totalmente, desleixado, o mato tomando conta da circunvizinhança dos prédios. A população logo estende estas iniquidades ao que se passa no lado “invisível”, o acadêmico. Todos têm conhecimento que a UFSC desde março/2020 e até abril/2022, 26 meses, estava em “férias”, os estudos em EAD, eram todos de mentirinha e para espanto geral, anuncia-se, agora em abril, greve. É do balacobaco!!!

Os resultados desta inaudita paralização, foram catastróficos. No plano financeiro foram mais de 3 bilhões para o ralo da incompetência e da arrogância (1,479/12X26=3,2 bilhões). No Plano acadêmico são oferecidos em torno de 120 cursos e destes, muitos não têm viabilidade por falta de alunos. Recentemente, o ND exibiu em suas páginas levantamento efetuado por seus profissionais das “vagas e inscritos” no vestibular de 2022 e pelo menos 50 cursos não alcançaram o número mínimo de vagas oferecidas, alguns com 3 inscrições apenas.

Este declínio nos empurra para repensar o modelo universitário federal, velho, carcomido, ineficiente. Uma auditoria externa revelaria o desmazelo lá existente. O modelo orgânico obedece a colegiados, a linha de autoridade e responsabilidade, um dos pilares da moderna administração são, olimpicamente, olvidados. Adotam uma “socialização da gestão” que ao final do desastre, todos se protegem entre si. Neste mundo de incompetências, os alunos fazem de conta que aprendem e os professores que ensinam. É uma desordem generalizada.

É preciso que todas as Federais sejam repensadas, sejam transformadas em Autarquias, obriga-las a gerar suas próprias receitas quer por esforço próprio ou em Parcerias com universidades privadas.  Neste sentido é preciso alterar o artigo 206 da CF que prevê ensino gratuito para ensino público superior. As economias resultantes, deveriam ser aplicadas no ensino básico e em escolas profissionalizantes.

Criamos o maior polo de discriminação do País, onde o filho da faxineira paga a mensalidade e o filho do patrão vai de SUV para a UFSC. Estas injustiças têm que acabar.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE

NOTA 1

ORÇAMENTO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO em 2022: R$134.698.542.267,00

ORÇAMENTO DA UFSC em 2022: R$1.479.610.764/anual e R$123.300.833,00/mensal

NOTA 2

Concorrem a Reitor da UFSC, quadriênio 2022/026, dois candidatos – Adm. Irineu de Souza e a médica Cátia Carvalho Pinto. A eleição está prevista para dia 26/04 e precede a nominata de 03 candidatos na formação da lista tríplice a ser encaminhada ao Presidente Bolsonaro. Quem for o eleito, vai indicar os outros dois, e estes desistem em favor do eleito. Houve um acordo entre os dois candidatos neste sentido. Como o modelo de gestão está equivocado, ganhe quem for, tudo permanecerá como “dantes no quartel dos Abrantes”.   

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