ABORTO INSENSSATEZ HUMANA

  • Saúde
  • 31 de outubro de 2023

Segundo os dicionários a palavra significa:

  1. Interrupção voluntária ou provocada de uma gravidez; o próprio feto expelido ou retirado antes do tempo normal;
  2. No direito há um termo especifico, “Feticídio” que é a interrupção intencional da gravidez da qual resulta a morte do feto, sendo no Brasil considerada uma infração da lei. Não será Feticídio, entretanto, se atender ao previsto no artigo 128 do Código Penal. 1. Risco de morte da mãe; 2. Gestação resultante de estupro e 3. (STF) Anencefalia

Desde os tempos de Santo Irineu, bispo da Igreja Católica, século II d.C., se defende que a vida do homem é a visão de Deus. “A Glória de Deus é o homem vivo”. Sendo o homem o centro de excelência da criação, gerado a imagem e semelhança de Deus, sendo um bem “divino” não cabe a outro homem ceifar a sua vida.

As Igrejas Evangélicas e as Pentecostais, vão na mesma direção, a Bíblia não recepciona o aborto, logo, os praticantes da fé, devem rejeitá-lo. Em Jeremias, século 7 a.C., o autor se apresenta e introduz as palavras que lhe teriam sido ditas pelo próprio Deus afirmando que “antes que te formasse no ventre, te conheci; e antes que saísses da mãe, te santifiquei”. Fica subentendido que se trata de uma criação divina, consequentemente, só Deus pode tirar a vida.

Os iluministas defenderam que a vida era um “Direito Natural”, portanto, não pertencia ao rei, era um valor divino. Nasce desde então, o principal pilar da doutrina liberal a defesa do direito à vida que na época era condenar a arbítrio do rei em guilhotinar seus opositores e que hoje se estende da concepção à vida adulta.

Em razão da radicalização política o aborto passou a fazer parte das pautas dos socialistas como um “direito da mulher”. Segundo esta corrente do pensamento, dentro do útero, a vida tem pouco valor e, recentemente, a Ministra Rosa Weber, não obstante admirar o TALMUD a bíblia judaica, que condena o aborto, votou favoravelmente, até 12 meses de gestação.

E no Liberalismo como é recepcionado o aborto? Por ser tema complexo, a maioria dos liberais se manifesta contra o aborto, notadamente, como política de Estado. Entretanto, respeitam as leis e a decisão do STF sobre anencefalia. E aqui, resulta outra divergência – dado o avanço da ciência é possível avaliar entre a 11ª e 13ª semana de gestação, através de Ultrassonografia ou Ecografia Morfológica a estrutura externa fetal, fazer o rastreamento de síndromes cromossômicas e identificação precoce de malformações.

Segundo o que pregam os evangelhos, Deus deu ao homem a capacidade de se informar, criar ciência para o seu bem. Por este prisma, foi graças a Deus que o homem pode verificar o rastreamento de síndromes graves em fetos e, portanto, nestes casos, não só os anencéfalos seriam tributários de um aborto, mas toda e qualquer enfermidade grave.

Não obstante o raciocínio lógico, adentra-se, entretanto, em outra área perigosa de interpretação, a eugenia da raça humana que como se sabe, o Nazismo foi o seu precursor.  

Em conclusão, o signatário deixa claro sua posição – rejeita o aborto como política de Estado, entende que é uma decisão particular da mulher e seus familiares, nomeadamente, se houver comprovação de alterações morfológicas graves.

De outro lado defende firmemente que o aborto seja considerado um item importante de Saúde Pública, consequentemente, deve ser foco permanente de campanhas educativas dirigidas, especialmente, aos adolescentes, práticas inexistentes no Ministério da Saúde.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE

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