BOBOS DA CÔRTE

FLORIPA E REGIÃO VÍTIMAS DA CASAN – DESPESAS DE 1,5 BI E DÍVIDA DE 3,0 BI

A Região Metropolitana de Florianópolis (RM), uma das mais vibrantes e belas do Brasil, enfrenta um desafio econômico e ambiental de grandes proporções. No coração dessa questão, esta o modelo CASAN com suas duas vertentes críticas: as despesas normais das empresas e os passivos bancários extraordinariamente elevados.

As despesas normais das empresas, (1,5 bilhão) escondem uma particularidade preocupante: pelo menos 48% dessas despesas são cobertas por receitas originadas na RM. Esse dado revela a dependência econômica significativa da CASAN à RM, que arca, de forma desigual, com gastos gerais da Cia. nos 194 municípios.

O segundo vetor, talvez mais alarmante, diz respeito aos passivos bancários. A Estatal enfrenta uma dívida bancária astronômica de 3,0 bilhões, com financiamentos de curto prazo e juros elevados, uma condição totalmente inadequada para o segmento econômico.

Esses empréstimos/debêntures, vencíveis nos próximos cinco anos, colocam uma pressão insustentável sobre as finanças da CASAN, e o que é pior, parte significativa dessa dívida (48%) será inevitavelmente repassada à população da RM, mesmo que os recursos tenham sido aplicados em outras localidades.

A não aplicação desses recursos na RM tem contribuído para a degradação ambiental, poluindo praias, mangues, rios e lagoas, impactando diretamente a qualidade de vida dos moradores. Relatórios do Instituto do Meio Ambiente (IMA) de 09/04/2023 apontam para a poluição em todos os quadrantes da Ilha, evidenciando uma crise ambiental de proporções significativas.

Curiosamente, figuras políticas de destaque, como Raimundo Colombo (prefeito de Lages após ser presidente da CASAN) e Luiz Henrique da Silveira (Prefeito de Joinville e mentor de Águas de Joinville), que tiveram a oportunidade de influenciar positivamente a gestão dos recursos hídricos em suas respectivas gestões municipais e estaduais, não aplicaram as mesmas medidas em Florianópolis, deixando a cidade sob um contrato prejudicial com a CASAN. Essa decisão histórica tem perpetuado um ciclo de desinvestimento e negligência que afeta tanto a economia quanto o meio ambiente da RM. À sememlhança dos “BOBOS DA CÔRTE” fazemos a alegria da CASAN e seus controladores.

Esta situação começou a ser enfrentada pelo atual Prefeito Topázio que abriu processo de licitação para o Sul da Ilha que não conta com um mísero metro linear de saneamento. Deverá ser o começo de grandes mudanças. O ideal seria que todos os muncípios da RM se juntassem na busca de uma solução comum como fez a Grande Maceió com seus 13 municípios e 1,5 milhão de pessoas, equivalente a RM, mas aqui muito mais rica. Provavelmente, os valores por aqui excederiam os 5 bilhões.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE


NOTA SOBRE LICITAÇÃO DA GRANDE MACEIO

A proposta abaixo poderia ser aplicada à Superintendencia da RM da CASAN. Portanto não esta a se defender a privatização da CASAN e sim, uma Região especifica.

São Paulo, 30 de setembro de 2020 – A BRK Ambiental Participações S.A foi o vencedor do leilão organizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a concessão regionalizada dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário da Região Metropolitana de Maceió (AL). A oferta do grupo vitorioso foi de R$ 2,009 bilhões, o que representou um ágio de 13.180% em relação ao valor mínimo estipulado para outorga do serviço (R$ 15,125 milhões). Ao todo, sete consórcios fizeram propostas no certame, ocorrido hoje na Bolsa de Valores B3. A BRK Ambiental terá como compromisso promover a distribuição de água e a coleta de esgoto para 1,5 milhão de habitantes em 13 cidades da grande Maceió, com previsão de investimentos em infraestrutura na ordem de R$ 2,6 bilhões durante os 35 anos de contrato. Como forma de acelerar a transformação da realidade dos alagoanos, o modelo desenvolvido pelo BNDES exigiu que, desse total, R$ 2 bilhões sejam investidos já nos primeiros seis anos de concessão, ou seja, até 2026. Vale ressaltar que os 2,009 bilhões foram utilizados para amortizar ativos da Estatal alagoense e “bônus” ao Poder Concedente, os municípios.

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