A quarta imprecação é o “assistencialismo”

O Custo do Assistencialismo e os Ralos da Previdência

O Brasil segue sustentando uma estrutura de assistencialismo disfarçada de justiça social, mas que na prática perpetua dependência, desequilíbrio fiscal e fraudes em larga escala. Trata-se de um modelo onde o Estado assume a responsabilidade de prover, gratuitamente e por tempo indeterminado, alimentação (Bolsa Família), moradia (Minha Casa Minha Vida), aposentadoria para quem nunca contribuiu, auxílio pescador mesmo fora da safra, e até bolsas para detentos. O que se apresenta como proteção social se converte, muitas vezes, em um instrumento de compra de votos e manipulação política.

A Previdência Social, especialmente o INSS, tornou-se o epicentro de um dos maiores ralos de recursos públicos. Estima-se que os prejuízos com fraudes e pagamentos indevidos ultrapassem R$ 10 bilhões por ano. São aposentadorias fantasmas, benefícios por invalidez concedidos sem critério, e pensões fraudulentas que alimentam redes de corrupção e apadrinhamento. Enquanto isso, trabalhadores que contribuíram corretamente enfrentam filas, perícias intermináveis e atrasos vergonhosos.

Além disso, parte da elite política e econômica também abocanha seu quinhão por meio de absurdos como a “bolsa ditadura”, que distribuiu mais de R$ 10 bilhões a título de indenizações administrativas, muitas delas sem comprovação robusta, sob a égide de uma “Comissão da Verdade” politizada.

Esse ciclo vicioso desestimula o trabalho produtivo. Quando o Estado emite sinais de que não é preciso trabalhar, de que basta alegar pobreza ou aderir a alguma narrativa política, gera-se uma cultura de dependência, informalidade e marginalidade. Resultado? Invasões urbanas e rurais, loteamentos ilegais e desrespeito sistemático à ordem.

A saída está no caminho inverso: emprego, investimento, produtividade. A Reforma da Previdência de 2019, mesmo tímida, foi um passo acertado. Mas é preciso mais: revisar benefícios, eliminar fraudes, reorientar gastos para quem realmente produz e sustenta a nação.