A terceira desgraça que nos persegue está relacionada ao “corporativismo estatal”, doutrina segundo a qual as corporações incrustadas no serviço público operam com autonomia impondo os seus interesses acima das demandas públicas extraindo todo tipo de vantagens financeiras.

Podemos chamar a isto, também, de patrimonialismo, conceito que mistura o público com o privado. As constatações mais evidentes destes abusos aparecem nos valores salariais acrescidos de outros benefícios como bolsa aluguel, bolsa educação, bolsa automóvel, entre outros.

Pratica-se o “peculato legal” cujos comportamentos administrativos subtraem bilhões da saúde e da educação. Mas a praga está disseminada igualmente junto das grandes empresas que usam seu poder de influência para extorquir benefícios do Estado, é o corporativismo patronal com suas isenções e desonerações.

Outra especialidade de corporativismo está nas empresas estatais com estruturas de cargos e salários, programas de previdência, dignas de príncipes árabes, absolutamente incompatíveis com o mercado nacional, são os sultanatos estatais.