SURFANDO PAULO GUEDES

Os jornais vêm anunciando que o Brasil fechou o ano com crescimento de quase 3% quando o esperado era algo entre 1 e 2%. Muitos se perguntam as razões destas novas projeções posto que o Governo com suas ações esbanjadoras não convenceu nem seus apoiadores.

A primeira constatação objetiva e arrebatadora para o julgamento do Governo – sua monumental estrutura orgânica com seus 38 Ministérios. É uma ação de governo perversa indicativa dos desmandos da Presidência sem noção da doutrina gerencial. Vai contra os princípios da boa administração que prega a racionalidade administrativa, defesa da linha de autoridade e responsabilidade e o enxugamento das despesas inúteis. Sob o comando de Lula e Janja o Governo fez e faz farra com o dinheiro público – de lençóis egípcios com mais de 300 fios, hotéis de luxo, uso de aviões da FAB para eventos esportivos e corrida de cavalos, tudo por lá é tolerado. Sobre isso D. Pedro II afirmara há quase 150 anos atrás que toda a despesa inútil era roubo da nação.

De outro lado um bom procurador do Ministério Público encontraria razões sobejas para ingressar com uma ação pública contra estes atos bárbaros que ferem, igualmente, os cinco princípios básicos da Administração Pública, artigo 37 da Constituição Federal que são:  legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Max Weber foi um sociólogo e economista alemão que desenvolveu a teoria da burocracia, doutrina segundo a qual, quando incompreendida, se transforma num cipoal orgânico improdutivo. “Deem um retângulo a um péssimo burocrata e ele saberá transformá-lo num organograma frondoso”. Burocratas brasileiros são especialistas nestes equívocos. Agora com estes novos métodos de projeção digital dão argumentos à “pilantragem administrativa”.

A razão para o País não ter afundado tem razões que remontam a 2016 durante o Governo Temer com várias Reformas a principal delas a lei que impediu o desmonte das Estatais. De perdulárias do Tesouro passaram a dar lucros. Houve a Reforma Trabalhista e em seguida a Reforma da Previdência que reduziram, significamente, os riscos junto ao mercado. Vale ressaltar, igualmente, a autonomia do Banco Central que no Governo atual foi alvo de várias escaramuças. Entre outras medidas o prosseguimento do Marco do Saneamento Básico pode ser arrolado como um segmento de altos investimentos e, sobretudo, a austeridade na folha salarial imprimida por Paulo Guedes que serviu de exemplo a outros poderes.

Ironia do destino o Brasil seguiu positivo não por causa do Governo e sim, pela herança do Governo anterior e, sobretudo pela determinação do Agro Negócio, justamente, um segmento que Lula demonizou. O Agro representa 25% do PIB e neste 2023 cresceu quase 20%.

Lula recepcionou um terreno arado, gradeado, adubado, pronto para o semeio de novos projetos. Como a economia não suporta sapatadas, é bem provável que já em 2024 apareçam os primeiros sintomas do “desastre Lula”.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE

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